" entre páginas e palavras, mergulhei em meio a imensidão de um mundo surrealista. Abandonei minha mente no tom alvo daquelas páginas. Esqueci de um mundo que não merecia lugar entre minhas recordações. Beberiquei minha xícara de café, saboreando-o como nunca havia feito outrora. Era como o sabor do livro, era o sabor do cappuccino, era o paladar que salpicava minha mente delirante e desequilibrada, fixada na companhia solitária que só uma leitura proporciona."

terça-feira, 14 de setembro de 2010




Meu primeiro poste, que emoção *-*'
Ja que estou começando, deixarei aqui qual a finalidade do blog: 
mera diversão.
Falar sobre coisas que me agradam ou desagradam, expressar minhas opiniões. escrever pensamentos, pequenos contos ou simplesmente postar trechos de algum livro que eu goste.
E apenas isso, de literário para literários.
 Então, de acordo com o tema, fica aqui hoje um trecho de uma de minhas histórias.
Espero que gostem e comentem. ~





[...] Ela observava o rubro manchar o ambiente que dava-lhe abrigo naquele instante, espalhando-se gradativamente, tomando a superfície do local com uma viscosidade mortífera. Seus orbes alaranjados refletiam o rubro fresco enquanto transbordavam lágrimas finas e delicadas, que escorriam-lhe a face sedosa interruptamente.
Retornando a hábitos antigos, ela arfou. Não por precisar do ar, talvez por querer e precisar arejar sua mente pulsante, num apelo desesperado por reorganizar a avalanche de pensamentos que a invadia e vagavam por sua cabeça.
Pensou em gritar. ‘Isso sempre alivia’. Todavia, ela bem sabia que gritar de nada adiantaria. Poderia estourar os pulmões, a cena odiosa a sua frente permaneceria. Encarando-a sem dó.
O corpo do jovem jazia a sua frente. Frio, violado, banhado pelo próprio sangue.
O rastro do mesmo seguia indiscutivelmente pela mulher. Subindo-lhe as vestes, apresentando-se nas mãos, denunciando-lhe os lábios.
Elisabeth, então, sorrira. Levou o dedo indicador banhado de sangue à boca e acariciou-o com a língua. O sabor ardia-a a garganta, pesava-lhe a mente, mas agradava-a imensamente.
Eis o início daquela desastrosa eternidade. Retirar vidas pela sua própria, e ver naquilo prazer que jamais haveria de experimentar de outro modo.
Elisabeth, que outrora fora a doce e imponente mulher, agora não mais viva, não mais humana, consagrava-se como herdeira digna da raça noturna. Era uma vampira. [...]


 ~

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